O que é economia?

Você já se perguntou o que é economia? Como ela funciona? E qual a importância de entendermos mais sobre esse assunto? Conversamos com a professora Patrícia Palermo, doutora em Economia Aplicada pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sobre o tema para entender como a economia está ligada às nossas escolhas. Vem com a gente e saiba mais sobre esse assunto.

Desvendando o que significa economia

A economia é uma ciência que consiste na análise da produção, distribuição e consumo de bens e serviços. Ou seja, é o estudo das escolhas dos indivíduos e do que possibilita a compatibilidade nas escolhas de todos. Além disso, é a ciência social que estuda a aplicação da teoria econômica, tendo, na gestão, a sua aplicabilidade prática. 

“Economia diz respeito a entender como se processam escolhas, a avaliar possibilidades, a medir custos e benefícios. Isso faz parte do nosso dia a dia, desde o momento que acordamos até a hora de ir dormir. No momento em que sabemos avaliar melhor as possibilidades, fazemos escolhas melhores, e todo mundo ganha com isso”, explica Patrícia.

Por isso, estar atento à situação econômica do país e do mundo faz toda a diferença na hora de tomar decisões e escolher como economizar e no que gastar o dinheiro, ou como investir melhor para ter retorno financeiro no futuro. Desde escolhas simples, como aplicar capital em viagens ou na aquisição de um carro, passam, ou deveriam passar, por uma análise das finanças pessoais e pelo entendimento da economia.

A economia e suas divisões

Os modelos e técnicas usados na economia evoluíram muito nas últimas décadas. Hoje, se entende a economia dividida em dois grandes eixos principais: a microeconomia, que estuda os comportamentos individuais, e a macroeconomia, que estuda o resultado agregado dos vários comportamentos individuais. 

Na microeconomia, um dos assuntos mais estudados é a lei da oferta e da procura, já que essa é uma questão que tem impacto direto na formação dos preços. Todas as vezes que escolhemos comprar algum item, em detrimento de outro, estamos fazendo microeconomia. São decisões que parecem pequenas, mas que são relevantes quando pensamos no todo.

A macroeconomia é sobre a economia como um todo e estuda a estrutura, o desempenho, o comportamento e a tomada de decisão coletiva, em vez de se focar nos mercados individuais. Ou seja, é o setor que analisa os aspectos microeconômicos de forma conjunta. Isso implica em estar atento a uma variedade de fenômenos em toda a economia como por exemplo o índice de inflação, a taxa de crescimento da renda nacional e do desemprego, e o PIB (Produto Interno Bruto).

Tanto a microeconomia quanto a macroeconomia, estão diretamente ligadas às nossas escolhas. Viu como nossas decisões interferem na economia mais do que a gente imagina?

O que é básico saber sobre economia?

Segundo Patrícia, existem aspectos sobre economia que todo mundo deveria saber. Para a professora, são esses os ensinamentos fundamentais que são apresentados a todos os alunos nas primeiras aulas de economia. “É fundamental entender como as pessoas tomam decisões. É importante entender que as pessoas enfrentam dilemas, o que imputa a necessidade de escolhas, na maioria das vezes motivadas pela escassez”, avalia. 

De acordo com a doutora em economia, quando escolhemos alguma coisa precisamos abrir mão de outra, e dentro do nosso universo de opções, são os estímulos que nos farão escolher investir em um curso, numa atividade de lazer ou em uma roupa nova. “Precisamos todos ter claro que indivíduos reagem a incentivos”, afirma.

Por que consumimos da forma como consumimos?

São nossos desejos que nos fazem consumir, e precisamos estar atentos às nossas escolhas para gastar de forma consciente, avaliando quais são os pontos em que devemos gastar e no que é possível economizar.

Uma dica de ouro para fazer boas aquisições e não colocar dinheiro fora, é avaliar seus investimentos e não comprar impulsionado por algum desejo momentâneo. Para garantir o sucesso de escolhas bem feitas, é importante  enumerar seus gastos em ordem de prioridade e cortar as despesas desnecessárias. 

Quando falamos em consumo impulsionado pelo desejo, gastos com educação, por exemplo, não estão na lista, já que são investimentos que gerarão frutos no futuro. Logo, devem ser priorizados sempre. Já as idas frequentes a cinemas, restaurantes ou pedidos em aplicativos como iFood, durante a semana, podem ser diminuídos, por quem busca economizar, porque representam um gasto considerável no final do mês.

Mais sobre nossas escolhas e economia

Se você fizer uma lista de prioridades, será mais fácil fazer boas escolhas na hora de investir seu dinheiro. Ou seja, os itens que ficarem mais para o final da lista devem ser avaliados e podem ser cortados, porque podem ser considerados gastos supérfluos. Embora a definição de quais despesas são mais relevantes seja uma opção muito pessoal, a partir desse movimento de buscar entender por que consumimos, você estará economizando dinheiro e investindo em boas escolhas.

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