Qual o melhor investimento: acumular experiências ou bens?

Em tempos em que tudo está tão caro e que é sempre preciso escolher, surge uma pergunta fatídica: é melhor acumular experiências ou bens? O que afinal tem mais valor? Qual é o melhor investimento para o futuro? Qual a escolha certa para investir o dinheiro? Essa opção depende de cada perfil? 

Conversamos sobre esse tema com a assessora de investimentos, Karen Michels, e tentamos desmistificar um pouco o assunto, para ajudar você a entender os prós e contras que cada escolha oferece. Vem com a gente!

Entenda o que cada escolha traz

Segundo a economista, não há uma resposta certa. “A escolha entre acumular experiências ou bens é muito particular e depende do estilo de vida de cada um. No entanto, normalmente, sustentar um estilo de vida com mais bens ocasionará um custo fixo e variável maior ao longo dos anos”, adverte Karen.

Para a especialista em Economia Internacional e Educação Financeira, acumular experiências traz a possibilidade de conhecer lugares diferentes, culturas diferentes, olhares diferentes sobre o mesmo assunto e autoconhecimento. Além disso, quem investe em experiências constrói mais memórias, sejam boas ou ruins. “Uma escolha é mais sobre ter coisas e a outra sobre fazer coisas. A dica para investir, em qualquer uma delas, é não ser impulsivo na escolha, pesquisar preços e se programar com antecedência”, aconselha.

E quem quiser investir em bens, qual a melhor opção?

Pensando na questão econômica, quem se identifica mais com o investimento em bens, deve ficar atento para adquirir bens que sirvam como uma forma de investimento e se valorizem ao longo dos anos, no entanto, sempre há riscos. Segundo a economista, o principal bem utilizado com intuito de investimento, desde muito tempo, são imóveis e terrenos. 

“Há uma tendência que imóveis e terrenos se valorizem com o passar dos anos, mas essa valorização pode não ocorrer e, enquanto você estiver com o imóvel ou terreno, ele gera custos e não é um investimento com liquidez. Ou seja, não é possível transformar ele em dinheiro de um dia para o outro”, comenta. 

Sobre os veículos, Karen afirma que não são considerados investimentos, mas, em alguns momentos da economia, pode haver valorização de carros e motos, por exemplo. “Normalmente é um bem que se desvaloriza com o passar dos anos e com uso, além de gerar custos de manutenção recorrentes, por isso é considerado como utilitário”, destaca.

E quem quiser investir em experiências, como escolher?

Se você já decidiu que acumular vivências é mais a sua praia, preste atenção nessas dicas. Listamos três tipos de experiências com algumas recomendações para cada uma delas: viagens, cursos e atividades de lazer. Veja o que você precisa levar em conta para que essas escolhas sejam um bom investimento.

Opção 1 – Viagens

Programar sua viagem é o primeiro passo. Isto significa definir o estilo de viagem que deseja fazer. “Planeje com antecedência, pesquise as opções de acomodações, veja se algum site gera descontos, monte um roteiro, pense nas despesas com locomoção, reserve um valor para fazer algo diferente onde quer que escolha ir”, sugere Karen. 

Outra dica da economista é, na hora de se alimentar, mesclar os estilos. “Opte por fazer algumas refeições mais simples em detrimento de algumas em restaurantes mais conceituados”, recomenda. Outra forma de viajar com economia é evitar a alta temporada, o que costuma reduzir os custos de acomodação e passagens. “Faça tudo com tempo antes da viagem, para poder tomar as melhores decisões e, com ela toda programada, não precisar se preocupar com os gastos, pois já estará tudo organizado. E, por último, coloque um orçamento máximo e não passe dele por nada”, enfatiza.

Opção 2 – Cursos

Sobre os cursos, antes de mais nada, é necessário pensar qual o objetivo ao fazer essa formação? O que trará de benefícios pessoais e profissionais?  De acordo com a assessora de investimentos, se o intuito da formação é o aprimoramento profissional, após a conclusão do curso, o resultado deve ser um aumento de receita, seja como salário ou pró-labore. “Nesse tipo de formação, acredito que pode haver um gasto maior, pois trará um diferencial frente ao mercado. Isso vale para um curso de línguas também”, destaca.

Já para cursos mais lúdicos, com objetivo de aprender uma atividade nova ou de entretenimento, para a mestre em Economia, a melhor opção é investir é quando você tiver tempo livre e quando não for comprometer muito do orçamento. “Caso contrário, você gasta dinheiro, não aproveita o conhecimento e ainda pode se estressar por gastar sem usar, o que acontece com mais frequência do que admitimos”, pontua. Além disso, a partir dos 45 anos, viver uma experiência nova, como a de aprender um instrumento musical, um esporte ou uma língua adicional, ajuda na prevenção do Alzheimer.

Opção 3 –  Atividades de lazer 

As atividades de lazer em geral são muito importantes para diminuir o estresse e trazer bem-estar, e devem estar contempladas em todos os estilos de vida. Dependendo do perfil de cada pessoa, ela irá optar por uma programação diferente, seja ir ao cinema ou a um bar.

Conclusão: onde é melhor investir?

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